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O mobiliário é uma parte fundamental do design de interiores. Mas, você já parou pra pensar como chegamos ao estágio atual de design dos móveis e como isso influencia no nosso modo de vida? É justamente isso que esse artigo vai abordar.
Contexto histórico
Vamos avançar um pouco na história e assim, iniciar nossa investigação sobre móveis de design no século XIX. Já nesse período encontramos muitas peças com um trabalho diferenciado na sua composição, então vamos conhecer as escolas por ordem cronológica e suas influências a seguir.
As diversas vertentes do século XIX
As manifestações artísticas, bem como culturais dessa época influenciaram sobremaneira a produção do mobiliário. Dentre as correntes que podemos destacar se encontram o neoclassicismo, o ecletismo, o estilo regência, o estilo vitoriano e por fim, a tendência arts and crafts.
Neoclassicismo
Calcado na valorização de tendências mais clássicas, bem como tradicionais, o neoclassicismo retomou um estilo mais requintado, marcado por linhas imponentes e detalhes em dourado.
Ecletismo
O ecletismo buscou agregar influências de diferentes vertentes artísticas e por isso mesmo acabou ganhando essa nomenclatura. Contudo, por ter essa característica mais diversificada nas peças, ganhou também fama de ser uma confusão de estilos, impossível de catalogar.
Estilo regência
A característica principal do estilo regência é o apego às influências de decoração de palácios imperiais. Muita ornamentação, pompa, bem como sofisticação.
Estilo vitoriano
Um estilo quase que exclusivo da Inglaterra no período do reinado da Rainha Vitória, por isso vitoriano. Marcado por uma forte influência gótica e tendência a exagerar nas cores escuras e ornamentos.
Arts and crafts
Essa vertente surgiu para questionar o excesso de ornamentação no mobiliário, além disso, sua bandeira principal se baseia na simplicidade. Os móveis da Inglaterra desse período primavam pela qualidade acima do caráter decorativo.
Uma pausa para a Revolução Industrial
A forma que se produzia antes da Revolução Industrial foi totalmente modificada com a popularização de máquinas e da produção em maior escala. Essas mudanças criaram novas tendências de móveis de design, como veremos a partir de agora.
Art Nouveau
Diferentemente do Neoclassicismo, o Art Nouveau não tinha a intenção de se inspirar em tendências anteriores. A ideia era criar um estilo original que se parecesse com tudo o que estava se produzindo na época, levando em consideração as inovações tecnológicas.
De Stijl ou Neoplasticismo
O forte dessa corrente de arte e design era a valorização de linhas horizontais e verticais, além da aposta em cores primárias. Outra característica importante do mobiliário neoplasticista era a estética simples, inspirada em máquinas que evocavam a modernidade do período.
Bauhaus
Tendo funcionado entre 1919 e 1933 na Alemanha, a Bauhaus é considerada a primeira escola de design do mundo. Sua influência é tão grande para o design, e além disso, para outras manifestações artísticas, que a escola possui status de mito.
A essência do pensamento cultivado na Bauhaus era colocar o design como transformador das estruturas sociais. Isto é, algo muito além da função estética.
Os ensinamentos praticados na referida escola chegaram a servir de base para a estruturação de cursos de design ao redor do mundo, graças ao seu arcabouço teórico de reconhecida qualidade e das atividades práticas que envolviam arte, design, indústria e artesanato. Uma fórmula que viria a ser replicada por outros métodos de ensino.
Os princípios ensinados na Bauhaus influenciaram também o pensamento da época e além disso, produziram muitos designers de móveis que adotaram características da escola em suas criações. Dentre as distinções que caracterizam um móvel bauhaus estão a praticidade nas estruturas, a funcionalidade, a predisposição pela neutralidade das cores e o uso de materiais como o vidro, o metal, a madeira e o aço.
Art Déco
A estreia do Art Déco aconteceu em 1925 na Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas.
Em consonância com a efervescência das cidades, o Art Déco misturava sofisticação e estilo popular. Os principais elementos dessa tendência eram materiais de luxo, linhas retas, estruturas volumosas e muitas formas geométricas.
Apesar de sua popularidade, o movimento Art Déco não chegou a influenciar correntes de pensamento. O alcance dele ficou restrito ao aspecto decorativo. Ele ficou mundialmente conhecido como moderno, funcional, bem como requintado.
Design orgânico
O design orgânico surgiu no intuito de tornar mais humano o modernismo popularizado na década de 1950. A ideia do estilo era se aproximar das formas da natureza com linhas que capturassem esse espírito.
Ao mesmo tempo remontava a elementos orgânicos, este movimento se conectava com as linhas sólidas das construções urbanas. O desenvolvimento do mobiliário se atinha a esses dois caminhos, originando peças únicas, bem como harmoniosas.
Design pop
Essa é uma vertente que podemos chamar de revolucionária. Os móveis da fase pop não apresentavam características tradicionais como emendas, por exemplo. O plástico ganhou protagonismo, agregando portanto, praticidade a um mobiliário cada vez mais funcional e até empilhável.
Alguns designers do período se concentraram em misturar cores fortes, criando assim, móveis extravagantes e quase psicodélicos. O design pop é lúdico, moderno e divertido.
Design pós-moderno
O marco do design pós-moderno foi rejeitar a estética do modernismo, abrindo assim, espaço para uma linguagem inovadora. O principal foco do movimento consistia em traduzir para o design a pluralidade de uma sociedade em franco desenvolvimento.
A tônica do pós-modernismo era a adoção de uma linguagem de transformação que fizesse rupturas visuais com estéticas pré-estabelecidas. Existia a necessidade de transformar padrões e por isso, o mobiliário uniu diferentes cores, formas e orientações. Por isso, os móveis da época são extremamente disruptivos.
Anos 50: o design brasileiro
Nos anos 1950 o design brasileiro passou a se destacar bastante, apresentando assim, relativa robustez em sua produtividade.
Após presenciarem uma exposição de design no Museu de Arte de Nova Iorque, um grupo de artistas, designers, bem como arquitetos resolveram desafiar tradições com uma nova forma de se criar mobiliário.
Nasceu então uma série de itens exclusivos e artesanais, tendo a madeira como material de base. Esse estilo dominou residências na capital paulista e fez história.
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