Grandes Designers – Eileen Gray

Tempo de leitura: 5 minutos

Kathleen Eileen Moray Smith, mais conhecida como Eileen Gray, foi uma arquiteta e designer irlandesa e pioneira da arquitetura moderna. Desconhecida para muitos, Gray foi fonte de inspiração para milhares de arquitetos e desenhistas ao redor do mundo.

A família Gray, em Enniscorthy, Co. Wexford | Eileen Gray aos 19 anos, 1897 – Imagem: Fasiluminacao

Ela nasceu em 1878, em Enniscorthy, no condado de Wexford, na Irlanda. Passou os primeiros anos de sua formação entre dois endereços: na mansão georgiana de Brownswood House e na casa da família em South Kensington em Londres, a poucos passos do Victoria and Albert Museum.

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Filha do pintor James Maclaren Smith e de Lady Gray, que ajudou a cultivar na filha a paixão pelo design. Aos 23 anos, Eileen se matriculou na Slade School of Fine Art de Londres e, paralelamente, aprendeu a arte do laqueamento, técnica oriental que ela adorava e que foi decisiva em seus trabalhos futuros.

Slade School of Fine Art – Imagem: Wikipedia
Seizo Sugawara | Painel de laca ‘Le Magicien de la nuit’ (1913) por Eileen Gray e Seizo Sugawara – Foto: Studio Sébert – Imagem: Fasiluminacao

Terminados os cursos, mudou-se para Paris, onde, em 1910, começou a desenhar telas e biombos decorativos que ficaram famosos e a levaram, em 1913, a expor no prestigiado Salon des Artistes Décorateurs, evento realizado anualmente na capital francesa.

Eileen Gray: Coiffeuse-paravent, 1926-1929 | Paravent en briques, 1919-1922 – Imagem: Fasiluminacao

Em 1922, ela abriu sua própria galeria como uma saída para seus projetos. E durante as décadas de 1920 e 1930, se tornou um dos principais expoentes das novas teorias revolucionárias de projeto e construção.

Ela trabalhou em estreita colaboração com muitas das figuras do movimento moderno, incluindo o famoso Le Corbusier. Bem à frente do grupo, ela expôs móveis de cromo, tubo de aço e vidro em 1925 – mesmo ano que Mies van der Rohe e Marcel Breuer e bem antes de Le Corbusier.

Obras de Eileen Gray

Apenas nove dos projetos de Gray saíram do papel. Uma delas é a famosa Mesa Lateral Eileen Gray, feita em aço tubular cromado ou de inox, com um tampo de vidro de oito milímetros e possui regulagem de altura.

mesa eileen gray
Mesa Eileen Gray Cromada – Essência Móveis

Sua forma distinta e engenhosamente proporcionada fez dessa peça um dos ícones de design mais populares do século XX.

A criação de sua notável peça de aço ajustável surgiu a partir da necessidade de uma mesa para que sua irmã pudesse tomar café da manhã na cama sem derramar migalhas nos lençóis.

Imagem: monapart

Outra de suas criações, a imponente Poltrona dos Dragões, foi vendida em 2009, em um leilão, por 21,9 milhões de euros (valor recorde na época para móveis do século XX).

poltrona dos dragões
Poltrona dos Dragões – Imagem: Fasiluminacao

Jennifer Goff, curadora da exposição permanente do trabalho de Gray no Museu Nacional da Irlanda, declarou que a poltrona era o “exemplo perfeito da designer que a criou: completamente única e bastante excêntrica”.

Apesar de seu legado arquitetônico não ser muito amplo, ela conseguiu construir uma das residências mais emblemáticas da arquitetura moderna, a E-1027.

O nome desta construção refere-se ao código numérico resultante da combinação de suas iniciais segundo a ordem das letras do alfabeto: “E” de Eileen, “10” da letra “J” de Jean, “2” da letra “B” de Badovici e “7” da letra “G” de Gray. Criptografia de ponta!

casa eileen gray
Casa E-1027 – Imagem: iconicriviera
Casa E-1027 – Imagem: iconicriviera

Exemplo de personalidade e força

Visionária em seus trabalhos, Eileen Gray foi uma das primeiras mulheres a ser reconhecida internacionalmente na área do design, campo predominantemente masculino na virada do século 19 para o 20.

Imagem: Irishtimes

Embora sua mãe, Eveleen Pounden, viesse da aristocracia, ela resistiu à tradição e se casou com um artista de classe média. Eileen Gray era bissexual e teve ligações com várias mulheres, mas o arquiteto romeno Jean Badovici, seu marido, foi um de seus companheiros mais estáveis e conhecidos. De suas nove obras executadas, quatro delas foram atribuídas a Badovici, devido à semelhança de estilos.

A arquiteta e designer de interiores e de móveis morreu em 1976, aos 98 anos, permanecendo uma forte referência até hoje para profissionais e apaixonados por design. Eternizada por sua mente brilhante.

Imagem: Dwell

Segundo Gray, não se trata simplesmente de construir belos conjuntos de linhas, mas sobretudo habitação para as pessoas”…”as fórmulas não são nada … a vida é tudo”.
Eileen Gray 1971 – Imagem: CIRCARQ

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