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Arquitetura Moderna, um movimento que, apesar do nome, se faz presente na história a cerca de um século. Então, por que tem esse nome? Simplesmente porque as influências do modernismo ainda são fortes em vários aspectos da sociedade.
Veja nesse artigo a história e características da arquitetura moderna e como esse conceito inovador abrange diversas áreas do design.
O que é a arquitetura moderna?
Primeiramente falando sobre modernismo, este foi um conjunto de movimentos culturais e estilos que fizeram parte das artes do século XX.
A ideia era de que as formas consideradas tradicionais das artes plásticas, ou qualquer outra área artística, eram ultrapassadas. Em outras palavras, era fundamental para os modernistas deixar esses conceitos de lado para criar uma nova cultura.
Portanto, o movimento insistia na ideia de que as novas realidades do século XX seriam permanentes e que as pessoas deveriam se adaptar a essa visão de mundo, para que pudessem aceitar que o que era novo era também belo. Ou seja, elas deveriam se desapegar do passado.
Dentre os campos culturais do modernismo estão, por exemplo, a literatura, design, pintura, escultura, teatro, música e, claro, a arquitetura.
Especificamente na arquitetura, a influência desses ideais deu origem a uma nova maneira de criar, planejar e desenhar obras e construções.
Principalmente no início do século XX, a Arquitetura Moderna ficou marcada como uma rejeição aos estilos tradicionais.
Por essa razão que, nessa época, ocorreram modificações em diversos aspectos arquitetônicos que deram forma a muito do que é construído até hoje em vários lugares do mundo.
Características principais da arquitetura moderna
A arquitetura moderna dá destaque a tudo o que é simples, mas não o simplório. Ou seja, para a arquitetura moderna é possível ser simples nas formas, e depois na matéria-prima fazer uso de itens mais “rebuscados” como o concreto aparente, o aço e o vidro (todos esses materiais eram muito utilizados na arquitetura moderna).
Um dos pontos principais é a integração e a convivência entre as pessoas. Para isso, é muito comum que as obras de estilo moderno apresentem uma planta livre, evitando paredes para permitir que as pessoas fiquem em ambientes amplos.
Além disso, a funcionalidade também é importante. Para tornar a obra funcional, foram retirados aqueles famosos adornos exagerados para que no lugar deles fossem usados traços e estruturas práticas e que realmente fossem necessárias.
Por último, existe também a atenção para áreas livres, porém isso não abrange somente as áreas de circulação das pessoas no espaço.
Na arquitetura moderna as áreas livres marcam presença na própria estrutura, até mesmo nas verticais, criando áreas de respiro e que trazem luz e ventilação para dentro das construções. Um exemplo aqui em território brasileiro é o Congresso Nacional, em Brasília/DF.
O que poderia ser uma única estrutura, foi dividida em duas construções com um espaço livre no meio. O projeto foi concebido pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer, um dos maiores nomes da arquitetura no mundo, que inclusive desenhou toda a cidade de Brasília.
A escola Bauhaus
Muito da história da arquitetura moderna passa por essa Escola de Artes. A Bauhaus foi criada na República de Weimar, na Alemanha, em 1919.
Ela influenciou o pensamento modernista e é uma referência histórica no campo das artes e da arquitetura.
Foi na Bauhaus que surgiu o conceito de funcionalidade, porém não como algo tedioso ou limitador. Na verdade, os ideais de funcionalidade tinham foco em unir aspectos funcionais e um visual atraente, que impactasse as pessoas que viam a construção.
Além disso, a Bauhaus também propôs um estilo de arquitetura que ainda não havia sido explorado, que eram os projetos arquitetônicos em larga escala. Construções como os primeiros apartamentos para operários nos subúrbios de Berlim surgiram a partir dos conceitos ensinados na escola.
Essa construção, inclusive, foi idealizada por Walter Gropius, diretor da Bauhaus.
Pouco tempo depois, dormitórios estudantis e torres de escritórios se tornaram mais comuns na época.
Antes, mencionei que o aço e vidro eram muito utilizados, e foi a Bauhaus que começou a utilizá-los em larga escala na arquitetura. A escola também foi responsável por integrar as artes e o design aos projetos arquitetônicos, colocando o urbanismo como parte do conceito de arquitetura.
Por essa razão, é possível ver muitos cursos de graduação na área que colocam o nome “Arquitetura e Urbanismo”.
Entretanto, mesmo com a grande relevância que a escola possuía na Alemanha e Europa, a Bauhaus foi fechada em 1933 pelo governo nazista que estava em ascensão no país.
Em 1996, o prédio da Bauhaus foi declarado como Patrimônio Mundial da Humanidade.
Móveis de arquitetos modernistas
Várias construções mostradas nesse artigo são de arquitetos que também trabalharam na área de móveis de design, como Le Corbusier. Veja a seguir alguns móveis que mostram o pensamento modernista desses arquitetos:
Sofás LC (2 e 3 lugares) – Le Corbusier
Ambos sofás levam em consideração a simplicidade em conjunto com beleza, como diz a cultura do modernismo.
Eles exibem luxo e resumem o estilo que Le Corbusier adquiriu com a arquitetura moderna.
A estrutura é feita tanto em aço cromado como aço inox, e suas almofadas podem ser revestidas em tecido sintético ou couro.
Cadeira BRNO – Ludwig Mies van der Rohe
A Cadeira BRNO (1930) espelha a inovadora simplicidade da época em que foi criada. Ela possui um perfil simples, com linhas limpas e atenção meticulosa aos detalhes.
Ela é um ícone do design de móveis do Século XX, que Peter Blake explica em seu livro Master Builders:
“Como em cada um de seus projetos, de arranha-céus para cadeiras de jantar, Mies reduz cada objeto aos seus elementos essenciais, refinando cada detalhe a um ponto de beleza e eloquência de quase tirar o fôlego[…]”
Mesa Saarinen de Jantar – Eero Saarinen
O nome original da Mesa Saarinen de Jantar é Mesa Tulipa, uma relação com seu design, já que sua base lembra um caule de flor
Ela possui formas orgânicas das mais ousadas, apesar de focar na simplicidade do movimento Modernista. É um design que não envelhece.
Com descontinuidade de linhas, a Mesa Saarinen possui extrema elegância e é capaz de estilizar qualquer ambiente.
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Até o próximo post.
Um Abraço!
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Que espetáculo!!!
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